O povo sertão do nordeste te espera
O que acha de ajudar as famílias mais vulneráveis no nordeste? Se está a fim de fazer algo de bom nesse momento tão delicado, a hora é agora! Para a fome não existe vacina, mas tem solidariedade.
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Em meio a tempos de reclusão, vivemos em uma sociedade marcada por doenças. Ao analisarmos friamente, não por vírus invisível, mas o vírus do descaso, imprudência e de políticas públicas que já não fazem efeito e o distanciamento é ainda maior. Quando vem a tona a compaixão até então que era velada para muitos, hoje é explícita e feita pelos menores, que vivem as mazelas do dia a dia, nos deparamos com a necessidade cotidiana beirando a nossa porta de forma intensa.
A falta do pão onde rezamos na qual "pão nosso de cada dia", já não é esperado em nossas mesas, é mendigado. As brigas e discussões por poder e cargos fazem mais efeitos numa sociedade aleijada pelas incertezas do que a miséria que bate a porta da mesma clamando comida e misericórdia.
Será o mundo vivendo uma compaixão medíocre por parte daqueles onde esperamos algo mais? Os gregos a 2500 a.C. usavam uma palavra "idiotes", isto é, idiota. Aquele que se fecha em sim mesmo e não olha pra ninguém acaba sendo um idiota, como nos ensina Mario Sérgio Cortella. Se olharmos a política com todos os seus entraves, concorrências, disputas, onde um quer derrubar o outro e esquece das mesas de famílias que falta o pão, das calçadas que se tornam casa ou cama, notamos figuras emblemáticas que olham pra sim mesmo. Onde não pensam em uma sociedade num todo mas em si mesmos. Estamos criando idiotas.
O nosso maior vírus com certeza seria o descaso, o pensar em si mesmo. Devíamos voltar às raízes do que a palavra política nos diz, estamos pensando no outro? Ou vamos nos fechar em nós mesmos sendo idiotas? Os valores inverteram.
Os políticos onde deviam pensar no bem comum são àqueles que se tornam os doadores, e os idiotas a classe política onde se fecham em si mesmo, dando migalhas para um povo, e uma sociedade marcada por misérias.
Que o amor e a compaixão sejam o carro chefe deste distanciamento, onde o que menos importa são discussões políticas e sim um olhar de esperança para um amanhã.
José A. Lemos